terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Provébio Árabe


“A árvore quando está sendo cortada observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.”

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Alfarrobeira


















A Alfarrobeira, Ceratonia siliqua L., da família das Leguminosae parece registar um milagre matemático – qualquer das suas sementes têm um peso praticamente constante entre 195 e 199 miligramas. Daí, ser utilizada em países Arábicos como medida de peso do ouro e prata com o nome "quilate".
Esta é uma palavra moderna cuja origem remonta ao uso que faziam os gregos e árabes da semente da alfarroba, com uma clara identificação como medida de qualidade ou perfeição.
O nome procede da palavra grega "keras"que significa corno devido à dureza e forma dos seus frutos. Desta palavra deriva o semitismo "karat" e daqui a palavra quilate.
O valor standart do quilate actualmente é de 200 miligramas.
Actualmente, a Alfarrobeira é utilizada na indústria farmacêutica, na agro-alimentar como alternativa natural ao chocolate, e para alimentação de animais. No Algarve, em virtude da seca, estão a substituir pomares de citrinos por novos pomares de alfarrobeiras, devido ao valor que as suas vagens começam a adquirir.
Em inglês chamam-lhe o pão de S. João ( Saint-John's-bread).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

...Por dez reis de mel coado

Dêem asas ao sonho e voz às gentes.
Repovoe-se a vila abandonada
e emprenhe-se a terra de sementes.
Plantem-se sebes de urzes e de jasmim
dividindo imaginários lamaçais,
faça-se tudo o possível e mesmo assim
se necessário faça-se mais,
para dar água ao deserto e sol à eira
mobilizando a esperança por decreto
se não houver então outra maneira.
Invente-se a forma mais expedita
de deixar escrita a fogo a tradição
de como criar gado e fazer queijo,
retirar o mel e fazer vinho,
jogar o chinquilho e cardar lã,
bordar o lenço a ouro e tecer linho,
de guardar o cheiro intenso da maçã.
Se preciso for, chamem-se os homens
que vivem p'ra fazer viver o sonho,
se preciso for gritar então que eu grite
até que a voz me falhe e eu fique rouco,
se preciso for voar, que cresçam asas,
e se loucura é isto que seja louco.
Luís Filipe Duarte (do livro Por dez reis de mel coado, 2000)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Greenpeace

Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
Vocês vão entender que o dinheiro não se come

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Linaria ricardoi



A "Linaria ricardoi, Cout", da família das Scrophulariacea, é uma pequena planta endémica portuguesa, da região dos barros de Beja, em perigo de extinção, vai ser protegida numa micro-reserva biológica que os ambientalistas da Quercus estão a criar na zona de Cuba.

"Trata-se de uma pequena planta, com um pé com poucos centímetros de altura e umas florzinhas roxas, que há uns anos era descrita numa zona vasta do Baixo Alentejo, como é o caso dos barros de Beja"..."Esses dois núcleos incluem, usualmente, algumas centenas de exemplares e este ano, devido à seca na região, nasceram poucos pés e muitos nem deram flor. É uma planta que urge proteger porque está em perigo de extinção".

A conservação da Natureza que muitas vezes causa impacto quando se fala de linces e águias passa também por esta e outras pequenas plantas. E uma pequena planta pode ser " mais importante" (São todos importantes) que um lince, na medida em que a partir dela pode-se desenvolver toda uma cadeia ecológica, enquanto que o lince está no topo (ou será o homem) da cadeia alimentar.

Daí um grande aplauso para a Linaria ricardoi e para a Quercus.

Nome comum :
Nome cientifico: Linaria Ricardoi
Família: Scrophulariacea
Origem: Portugal - Barros Alentejo
Utilização:
Fotos: Quercus